JUNHO, MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
“Coração humanamente divino e divinamente humano”

03/06/2025 às 16:33h

O coração é órgão da vida, carrega toda a simbologia de ser o centro do homem, o mais profundo. É no coração que estão os sentimentos mais nobres de alguém. 2o4d1e

Neste mês recordamos O Sagrado Coração de Jesus, desde que a Virgem Maria disse o seu sim, Deus ou a ter um coração humano, Nosso Senhor nos mostra sensivelmente o seu amor infinito e sua devoção implica reconhecer o mistério da Encarnação, pelo qual o Filho de Deus se tem revestido da natureza humana.

A vidente do Sagrado Coração, Santa Margarida Maria de Alacoque, chama a atenção ao nosso fraco amor com uma mensagem de Nosso Senhor na terceira aparição em 1675:

Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada, até se esgotar e consumir, para lhes testemunhar Seu amor, e em troca, da maioria deles, só recebe ingratidão, desprezo, irreverências, sacrilégios e frieza.”

Todos nós, católicos, ao ouvirmos estas palavras do próprio Cristo, devemos nos empenhar em reparar esse Sacratíssimo Coração tão ofendido pelos pecados, nos deixa ver que a agonia de Cristo não ficou só naquela quinta-feira santa no horto das oliveiras, mas se estende no tempo, até os nossos dias, em cada alma que despreza a Deus ou que é indiferente ao seu infinito amor.

E como esse amor ainda não estivesse satisfeito, instituiu o Santíssimo Sacramento do Altar, Ele cumpre a sua promessa e permanece realmente conosco todos os dias até o fim dos séculos; quer dizer que Ele se entrega a nós na Eucaristia e se faz alimento das nossas almas para se unir mais intimamente a nós, ou melhor, para que nos unamos intimamente a Ele.

Como não nos lembrarmos daquela quinta-feira santa quando o apóstolo São João inclina a sua cabeça sobre o peito de Nosso Senhor e ouve as batidas do Seu divino Coração (João XIII, 25), é exatamente esta a disposição que devemos ter ao comungar o corpo de Cristo em cada santa Missa.

Assim, um dos modos de crescer nesta devoção ao Sagrado Coração é com a comunhão frequente. O amor divino acendeu, por assim dizer, um grande braseiro sobre os nossos altares na adorável Eucaristia, e é ao se aproximar deste fogo sagrado que todos os santos foram abrasados por um amor muito ardente e muito tenro por Jesus Cristo. O sacramento do altar, diz São Bernardo, “é o amor dos amores”, ou seja, o resultado do maior de todos os amores que Jesus Cristo possa ter pelos homens, e ao mesmo tempo a mais fecunda fonte de amor ardente que os homens devem ter por Jesus Cristo. Tudo contribui nesse mistério para aumentar esse amor ardente: as disposições com a qual o recebemos, a maneira como recebemos, o fim para o qual o recebemos. O que seria capaz de acender esse fogo divino no coração dos homens, se esse alimento divino não o faz?

Devemos meditar seriamente de que maneira Jesus Cristo nos trata na adorável Eucaristia, e de que maneira Ele é tratado nela. O seu amor é sem limites e, muitas vezes, também é ilimitada a ingratidão com a qual recebemos o maior testemunho do amor. Esse adorável Coração ainda está com os mesmos sentimentos, ardendo de amor pelos homens e sempre disposto a derramar sobre eles todo tipo de graças, desejoso de mostrar os seus tesouros e de se entregar a nós; sempre disposto a ser nossa morada, nosso abrigo e paraíso já nesta vida.
Não são essas razões capazes de levar os cristãos a louvar esse Sagrado Coração e a reparar tanto desprezo?

Esta devoção se resume a amar perfeitamente Jesus Cristo, em especial na adorável Eucaristia.

 

Fonte: Alex Fernando Duarte Quiñónez - Seminarista estudante de teologia
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